quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Virgem.Doc (8)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Acho que ele foi o primeiro cara por quem eu verdadeiramente me apaixonei. Isso pra uma menina de quatorze anos é algo bem perturbador, ele era mais velho tinha dezoito e era bem resolvido o legítimo galã. 

Eu era a garota estilo princesinha, tinha tido um namoradinho pouco antes dele, mas nada de sério demais, era aquele namoro de duas crianças,tendo em vista que o meu primeiro namorado tinha quinze e eu com treze anos.


Eu me sentia mais segura com ele, pela idade, por estar apaixonada, por ver nele o galã que eu via nas novelas das oito.


Acho que quando ele me pediu em namoro eu saí do chão e voltei, por que ele era o cara que eu sonhava, minha família adorava ele, minha mãe tratava ele como um filho e ele me tratava como uma lady. 


Isso durou seis meses até que tive uma crise de ciúmes. A primeira crise que tive durante todo o nosso relacionamento. Na verdade até hoje eu não sei se tinha fundamento ou não, mas vi a garota encarando ele e vi tudo vermelho já explodi na hora e comecei a gritar como uma louca.


Ele me levou pra casa e terminou comigo sem alterar a voz. Ele namorava uma menina, era um cara descolado, bonito que as mulheres corriam atrás mesmo e eu dei um chilique de criança na frente dele.


O mundo desabou pra mim quando terminamos, por que eu só chorava e o procurava de todas as formas possíveis pra que ele voltasse atrás na decisão. 


Eu me declarava apaixonada, eu ligava, deixava depoimentos no orkut que ele nem mesmo lia e ele respondendo somente após muita insistência. 


Até que eu resolvi surgir na casa dele com o rosto inchado de tanto chorar e pedi. Pedi não! Implorei pra que ele voltasse e disse que tinha a intenção de perder a virgindade com ele justificando que ele era o homem da minha vida.


Ele voltou. Eu boba, inocente, nem sei dizer o que mais já na noite seguinte me preparei inteira pra perder a virgindade por que tinha a certeza que ele era o cara que eu casaria e tudo.


Talvez se eu fosse menos apaixonada tivesse notada que a semana em que voltamos ele não era nem de longe o mesmo namorado dos seis meses. Hoje vejo como se ele tivesse "perdido o encanto" que tinha com a minha doçura, mas ele me levou pra casa dele.


Ele morava sozinho tinha um apartamento alugado pelos pais pra que ficasse mais perto do colégio onde ele estudava e ele não preparou nada. Eu cheguei lá, ele estava vendo alguma coisa na televisão e sentamos no sofá e começamos assistir. Eu pessoalmente não via nada. Só pensava quando vai começar?


Começamos a nos beijar, tiramos a roupa e eu feito uma louca sentindo dor e sangrando, mas fazendo de tudo e mais um pouco pra que ele achasse maravilhoso. Com exceção de anal que ele teve a compostura de não fazer comigo,fiz de tudo que se pode imaginar. 


Explorei todo o corpo dele e deixei que ele fizesse comigo de tudo.


Transamos umas quatro vezes, eu não sabia quando ou como parar por que temia que ele achasse ruim. 


Mas quando paramos ele me disse pra tomar um banho que eu me sentiria melhor.


Estava suada e exausta, tinha posto todas as minhas forças naquilo, nem me preocupei com o sangue que descia enquanto eu tomava um banho. Voltei pra sala descansamos, vimos um filme que passou na tevê aberta e antes que eu adormecesse ele disse que me levaria de volta pra minha mãe não achar ruim.


Meu encanto acabou quando cheguei em casa, me senti diferente, mas não pela virgindade, mas sim por ele estar diferente. Durou mais uma semana.


Ele me chamou pra conversar e eu sem pensar duas vezes aceitei terminar. Não tinha clima, não tinha encanto, não tinha mais aquela paixão. Ele me secou por dentro.


Vi ele poucas vezes depois, minha mãe que vez ou outra entrava em contato com ele e mesmo que friamente eles conversavam. Eu não, no máximo um aceno ao ver na rua, não conseguia mais ser natural com ele. Nunca mais consegui.


Fiquei descrente  pro amor. 


Hoje aos vinte e um anos vejo que sugiram homens tão ruins quanto ele na minha vida, talvez ele nem seja ruim.


Surgiram homens maravilhosos também, mas eu não consegui ser a menina doce que eu era antes dele. E aí perdi esses homens


Assim como morreu a menina inocente quando eu pus os pés em casa após aquele noite, morreu também a crença de que o amor vem fácil. Eu hoje não espero que ele venha. Talvez eu encontre um cara legal além dos que eu já deixei pelo caminho.


Mas o sentimento que eu sentia naquela época talvez eu não veja igual nunca mais."



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