quinta-feira, 31 de março de 2016

Virgem.Doc (13)


(A virgindade é um fato marcante na vida de qualquer pessoa, por isso, na série Virgem.Doc veremos relatos feitos de forma sigilosa com pessoas que se dispuseram a contar esse marco de suas vidas e claro terem suas histórias divulgadas aqui sem qualquer custo ou identidade a ser revelado. A todos que aqui deram suas declarações o meu MUITO OBRIGADO!)

"Eu tinha dezessete anos, completamente apaixonada com meu namorado de dois meses recém completados, aquele rapaz carinhoso, daqueles que não se encontram nos dias de hoje, capaz de comemorar "mesversário" de namoro e ainda trazer chocolates para festejar a data.

Eu o amava loucamente e queria minha primeira vez com ele, tinha certeza disso.


Certa vez em um fim de semana já era domingo a noite, estávamos na sala de visita e minha mãe no quarto, não chegava a ser o quarto ao lado, mas era findar o corredor ou seja bem próximo.

Beijos, abraços, amassos e o clima nas alturas, não tínhamos experiência. Eu sabia que ele havia transado com a ex dele cerca de um ano antes, mas havia sido apenas uma vez.


Me deitei no sofá e ele veio por cima, não podia ser algo demorado.Não dava pra ser algo demorado, minha mãe estava logo ali no fim do corredor.


Ele gentilmente subiu meu vestido, empurrou minha calcinha e foi cortês como imaginei que ele seria. Não foi fácil, foi dolorido, nem mesmo prazeroso, mas deu tudo certo.


Grande verdade que apesar de não ter tido prazer nenhum a cara de satisfação dele, a felicidade estampada no rosto me fez acreditar que valeu a pena. 


Ali eu me senti a mulher mais feliz do mundo, completamente satisfeita e feliz.


Até aqui pode parecer perfeito, a "perda" de virgindade perfeita, sonho de dez entre dez mulheres, mas infelizmente é uma farsa. Sim essa transa aconteceu, mas não foi a primeira como até mesmo eu gosto de acreditar.


Eu minto para mim mesma e para aqueles que perguntam por arrependimento e raiva da minha verdadeira primeira vez.


Eu tinha na verdade quatorze anos, nunca fui santa, sempre fui namoradeira,mas meus namoros se restringiam a beijos na boca e permitir que o namorado passasse a mão na minha bunda.


Isso até eu conhecer um rapaz mais velho, literalmente do nada. Lembro bem quando eu fui comer um hambúrguer com a minha  vizinha e ele passou e a cumprimentou por estudarem na mesma escola.


Ele era lindo confesso, me encantei rápido e trocamos telefone mesmo sem rolar nenhum beijo. Passamos a nos falar por mensagem de texto até que marcamos de nos ver e finalmente ficamos.


Paixão explosiva e logo engatamos um namoro. Tudo muito rápido.


Certo dia ele me chamou na casa dele com o pretexto de que minha sogra faria um almoço pra me conhecer. 


Fui toda feliz, mas para meu espanto quando cheguei lá, não havia nada, nem sogra, nem almoço, apenas ele.


Ele me pediu para ficar, eu de forma reticente fiquei e então fomos para o quarto dele onde começamos a nos beijar passando a mão em mim de um jeito que ninguém nunca havia passado.


Eu pedi a ele para parar, mas ele dizia que não estava acontecendo nada e que deveria retribuir com carinho caso gostasse realmente dele,simplesmente deixar acontecer...


Ele tirou a minha roupa e eu já não sabia o que fazer, não queria que ele terminasse comigo, amava ele,acreditava que não viveria sem ele, aquela coisa bem adolescente.


Enquanto isso eu estava pelada, com ele enfiando os dedos na minha vagina e ele beijando meus seios fervorosamente. Pedi novamente para que ele parasse já que estava ali intacta e sem entender nada, mas apenas escutei.


"Se você não fizer isso vamos terminar, tem outras doidinhas para estar no seu lugar."


E eu não queria terminar.


Por fim vi ele pegando a camisinha, ele a colocou e enfiou aquela coisa dentro de mim.


Senti uma dor enorme, estava com vontade de chorar, foi horrível, enquanto ele me torturava indo e voltando.


O lençol cheio de sangue, eu assustada sem entender nada e ele feliz da vida.


Por achar que não viveria sem ele ainda namoramos por três meses, santa inocência e a obrigação ainda me fizeram transar com ele mais vezes, mesmo que eu nunca tenha achado graça.


Até finalmente eu me cansar e terminar. Ao contrário do que pensei eu fiquei muito melhor.


Foi tudo muito triste, traumático mesmo, mesmo após o término ele ainda me procurou por muitas vezes, mas sem chance de volta.


Depois dele tive um rolo de um ano que devido ao trauma acabou mais em amizade já que mal deixava o cara me tocar.


Demorei para voltar a me relacionar com alguém de forma plena. Eu fui vítima dos fatos, vítima da inocência de achar que o perderia. Eu poderia ter dado uma louca, dado um chute nele, gritado saído correndo, embora que ele falava que pararia, contudo que terminaria nosso namoro o que na cabeça de uma menina apaixonada de quatorze anos era um pesadelo ainda maior.


Ele hoje se tornou alguém de quem eu tenho dó já que nunca conseguirá ter alguém na vida, mas ele mesmo já se desculpou comigo pela atitude e eu o perdoei. O vejo vez o outra, ele vem a minha casa ver minhas filhas e algumas vezes conversamos por rede social.


Dois anos depois eu encontrei o príncipe que citei na falsa perda da minha virgindade a qual eu classifico como real primeira já que da verdadeira história ficou o aprendizado para aconselhar minhas filhas a não passarem pelo trauma que eu passei.


Eu sinto falta desse relacionamento pois esse sim foi um namoro, esse sim foi amor, talvez por isso eu coloque para mim e para quem pergunte que essa foi de verdade a minha primeira vez."


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